domingo, 20 de setembro de 2009

O Guia do Mochileiro da Bienal

Retorno depois de um fim de semana de visitas à tão falada Bienal do Livro. E, aqui entre nós, quem não foi, perdeu a oportunidade. Agora, somente daqui a 2 anos.
No sábado, preparei-me horas antes de ir até o Riocentro. A ansiedade quase me deixava maluco, não via a hora de checar as novidades desse ano, de navegar naquele mar de pessoas e livros. Entrei no carro, e peguei um engarrafento como já esperava. Não sei se ria ou sentia nojo do cidadão no carro de trás que furava as cavidades nasais como se fosse uma broca perfurando a terra em busca de petróleo. Felizmente, não fazia calor, senão eu já ía querer que meu carro criasse asas e fosse voando até a Bienal. Depois da espera, finalmente cheguei a meu destino, com um sorriso que crescia a cada metro que andava. Estacionei o carro, virei-me e caminhei até a entrada. Paguei os 12 reais, e finalmente, me encontrava dentro do Pavilhão Laranja, o início de tudo.
Admito que por ali fiquei pouco tempo, não havia muito que me chamasse a atenção. Mas por ali mesmo, o meu dia se iniciou, quando visualizei o maravilhoso livro "O Diário de um Banana", do qual ainda tenho vontade de comprar. Me aproximei, ao que olhei pro lado, uma garota que ali trabalhava, veio falar comigo, timidamente:

- "O Senhor conhece a história?"
- "Não"

E ali mesmo ela explicou tudinho nos detalhes, me deixando ainda com mais vontade de comprar o livro. Inclusive, fiquei sabendo sobre o "Toque do Queijo", o qual ela fez comigo. Ainda me pergunto se aquilo foi uma cantada ou não. Era uma menina bonita até....
Bom, continuando, segui em frente até o Pavilhão Azul, na batalha dos cachorros grandes. Somente grandes editoras e livrarias. Ziraldo dava autógrafos ali perto, enquanto milhares de adolescentes gritavam e choravam ao ver a autora de livros famosos, dentre eles, "Fala sério amiga". Cheguei perto para ver o motivo de tanta histeria e gritei, bem alto:

- "Nem conheço essa mulher aí"

Duas meninas olharam para mim e começaram a dar risadinhas. Vou contar essa como uma cantada também.
Prosseguindo, entrei na Saraiva. Um calor, gente pra todo lado, fiquei impossibilitado de andar. Ao que me apontaram o livro "Marley e Eu", voltei a dizer em alto e bom som: (ATENÇÃO! O texto a seguir contem spoilers)

- "Conheço esse livro. O cachorro morre no final"

Uma senhora que estava comprando o livro ao meu lado, me deu um olhar como quem queria arrancar minhas entranhas. Saí de fininho até sumir de vista. Essa eu não conto como uma cantada.... (ainda bem!)
Seguindo até o pavilhão verde, encontrei o Stand que me deu água nos olhos, quase chorei como uma criança. Lá estava a JBC e seus maravilhosos livros e mangás. Comprei sem pensar. Ahhh, foi maravilhoso.
Depois disso, fiz um lanche, rodei pela Bienal e vi muitos livros que infelizmente terão que ficar para outra oportunidade, já que a JBC praticamente me faliu. Eu teria que estar com uns 500 reais no bolso pra gastar. É sério!!!!
Quando já era de noite, entrei no carro com o sentimento de felicidade, mas ao mesmo tempo, bateu uma certa tristeza por saber que a Bienal chega a seu fim esse ano. Como sempre, foi uma experiência recompensadora.

Obrigado Bienal. Nos vemos daqui a 2 anos.

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