terça-feira, 27 de abril de 2010

Um Pequeno Grande Olhar

De repente,me bateu uma saudade do tempo em que eu era criança.
Quando cair,era engraçado.
Correr,era por prazer.
Brincar,era a única responsabilidade.
Chorar,era motivo para um abraço,um carinho.
Sentir qualquer tipo de medo,era absolutamente normal.
Ao observar crianças hoje,por um momento, eu quis estar entre elas,literalmente.
Gostaria de possuir a tão misteriosa máquina do tempo,e quem sabe poder voltar.
Não para sempre, claro.Afinal, não posso apagar tudo o que já vivi até aqui.
Mas...por alguns momentos,sim,eu adoraria.
Ficar feliz,porque o sol apareceu,ou porque minha mãe me deixou comer um doce.
Cantar no meio de todo mundo,sem nenhuma vergonha.
Gargalhar bem alto,sem que ninguém pudesse me criticar por isso.
Enfim...
A verdade,é que os adultos deveriam aprender com as crianças o que é felicidade.
Aprender o que é ser livre.
Aprender o que é amar.
Não sei por qual processo passamos assim que crescemos.
Mas com certeza,deve haver algum jeito de recorrermos a nossa criança interior.
Certamente,crescer é natural,acaba mesmo acontecendo.
Entretanto, aquele que consegue crescer sem deixar de ser pequeno, deve ser muito mais feliz.

(Luana Martins)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Longos Dias... (Poema)

Ah...se você pudesse sair dos meus sonhos
e pensamentos,estar perto agora.
 No calor de um olhar,
na leveza de um toque
ou na loucura das palavras,
encontra-se um coração batendo
de forma desigual.
Sendo impossível não perceber
a angústia que trazem as lembranças.
O peito se aperta,
os olhos se fecham e a boca...
a boca anseia.
Mas,o que?
O beijo que tão longe se encontra?
Ou a  pele que agora,é aquecida por frios lençóis
que não cabe a qualidade do tecido,mas sim,
o palco que ele poderia representar.
Longe...Aqui.
Não importa.
Dentro de mim
vive todo o amor paciente,
que aguarda,ansiosamente
pelo momento em que a felicidade
se difundirá em uma forma,
com um imenso desejo de abraço
e um belo sorriso.


(Luana Martins)

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Falando dela...

Do grego: mnéia.
Do francês: souvenir
Do latim: desiderum.
Do espanhol: te extrano mucho.
Do inglês: I miss you.

Saudade,privilégio da língua portuguesa...
Mas, como é difícil traduzir.

O que sabemos, é que na realidade,todos sentimos.Seja de alguém,de algum lugar,de uma comida,um momento.É da natureza humana sentir saudade,sentir falta,recordar.
Claro,uns demonstram sentir mais,outros menos.Mas no fundo,não acredito que exista quem não sinta.
A saudade faz coisas engraçadas,como por exemplo: aquela voz que você sempre ouvia,mas de uns tempos pra cá deixou de ouvir,quando surge,nos acelera o coração,faz suar as mãos,sem falar do sorriso que nos estampa no rosto.Ou então,aquela comida da mamãe que você sempre comia,lembra?Pois é,agora você está longe de casa,e já não come.Vai dizer que não bate saudade daquele tempero?E olha que algumas vezes você até reclamava que ela fazia sempre a mesma coisa.Enfim, quando já não temos o que há algum tempo era comum,passamos a sentir falta.E é a saudade que nos faz ter reações engraçadas,que antes,não tinhamos.
O fato da pessoa,do lugar ou da comida estar sempre ali,perto de nós,pronto para que desfrutemos,não nos deixa perceber o quanto aquilo é importante,e o quanto pode fazer falta.

Então...
sente saudade da infância?Experimente brincar um pouco de novo.
Aquela pessoa é realmente importante a ponto de fazer falta?Deixe que ela saiba disso.Não expere ter tenta distância assim.

Por fim...
Traduzir ao pé da letra tudo o que a palavra saudade transmite,é complicado.Porque só sentindo-a para entender,e sentimento,é particular.
Mas uma coisa é comum para todos nós: se existe saudade,é porque foi bom.E se depende de você para acontecer novamente,termine de ler esse artigo e não perca mais tempo.Mate a saudade!
Porque se nos faz falta,é sinal de que em algum momento,por alguns intantes,fez a diferença.

(Luana R. Martins)