Hoje me senti meio preguiçoso. Eu sei que a preguiça é um pecado capital, mas é o tipo de pecado que todos já cometemos alguma vez na vida. É natural, é do ser humano. Alguns são mais preguiçosos, outros menos, mas em algum instante, por menor que seja, alguém sentirá uma preguicinha, uma vontade de ficar parado sem fazer absolutamente nada, nem ao menos se ter o trabalho de colocar a mente para funcionar. Pensar no vazio, numa imensidão descolorida.
Ontem eu ria demais, assistindo CQC. Um programa inteligente, com humor ácido e apimentado na medida certa. Se você não assiste, passe a dar mais atenção a esse programa que surgiu como uma jóia na já tão batida televisão brasileira. Um programa sem apelações, sem se rebaixar a níveis de escrotidão em busca de audiência. Pois bem, a nova repórter, Monica Iozzi, foi a Brasília no dia dos deputados infantis. Uma idéia muito legal, onde crianças do Brasil inteiro tomam o lugar dos marmanjos, criam projetos de lei que poderão ser votados na Câmara. É impressionante ver como crianças de 14, 15 anos tem idéias tão revolucionárias e importantes para o país, enquanto alguns jagunços querem instituir coisas como o dia do Corinthians. Na boa, tenha a santa paciência. Nada contra o Corinthians, mas existem coisas mais importantes com as quais se preocupar. Será que não sai da cabeça desse pessoal algo mais construtivo para o nosso país? A impressão é a mesma de sempre: gastamos toneladas de dinheiro para deixar essa corja sentada nas cadeiras da Câmara sugando tudo que puderem.
Não estou pedindo que as coisas mudem da noite para o dia. Não estou pedindo o impossível. Mas acho que não custa nada pedir que alguns sinais de mudança sejam notados, para encher de esperança um povo que não vê mais razão para acreditar em algo.
Se ontem eu ria demais, acho que descobri a resposta de hoje estar tão preguiçoso. Amanhã tenho certeza de que a ausência de cores causada pela escuridão, novamente se reacenderá como o branco, e sua magnífica mistura de todas as cores. Entenderam onde eu quero chegar?
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